segunda-feira, 20 de abril de 2015

Fuga, espaço entre o antes e o depois
é como estar caindo sem saber onde vai cair

É deixar pra trás sabendo que pode cair no antes
E com a dor de ter fugido...

Fuga, às vezes é um erro certo que impede outros erros.
Fuja, mas não afugente seus sentimentos de ti
Fuja se precisar e desista se sentir


Nesse momento quem foge,
Eu fujo,
Tu foges,
Ela foge,
Vós fugis,
nós fugimos,
nós, até nós fugimos
imagina então Eles

Todos fogem de algo que pode os afugentar.

E eu,                                                              
                                   
                                                                       f           u                 j           o   .    .    .






Uriel Cordeiro  
                                                                                                                                               

domingo, 19 de abril de 2015

Leia rápido esse poema


Senti o sentido dos sentimentos
Sem ter tido ressentimentos
soei sem ter tido algum momento
que tenha que ter algum sentimento
Que viva dentro desse momento
que pulse forte sem ter sorte
que aconteça por que sim
que brilhe sem cegar
que ande sem andar
que pare sem cansar
que vá e não chegue
ao fim
para nunca se acabar
estou vivendo
esse é o meu andar

Uriel Cordeiro

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Chamas virgens


submerso, calado
preso em chamas virgens
ao meu lado

Nessas telas o desenho
se forma de tal forma
que não há forma

Chamas, chamam-me,
indeciso; não sei.

A minha vida
é uma fogueirinha de papel
Que não apaga nem com chuva
nem com reza

E as chamas desenham em mim
a virgindade do pensar de dentro

Submerso no fogo
eu me apago
me deleto
me animo
respiro
e o fogo aumenta

Pensar Virgem


Uriel Cordeiro

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Está em você.

Sua voz entra em mim
 como um remédio
  é triste assumir
      mas sim

Depois o que há em mim
  começa a me corroer
   é triste assumir
    mas sou fraco

Tem coisas que precisam
    ficar guardadas
      para sempre
          pois é

É triste assumir, mas
às vezes as coisas
 fogem do controle
  e só sei perder
       pontos

E lentamente caem gotas
 assim como esse poema
      dos meus olhos
         Mas sim

    ainda estou vivo


Uriel Cordeiro
   

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Tem coisas que não se vão,
ficam agarradas na gente,
essas coisas é o que somos,
o que preenche nossa mente

Tem dias que vejo a vida
como a costureira da esquina
vê seu trabalho; retalhos para todo lado,
linha e agulha na mão para dar forma

Essas coisas que ficam agarradas na gente
é o que somos,
pois não passamos de meros costureiros(as)
da vida, que junta e separa retalhos
do que vivemos
em busca de dar forma as lembranças que temos.

E eu, enquanto costurava a vida, me prendi
em algum nó dessa costura
perdi num palheiro a minha agulha.

Agora só vivo a busca de buscar,
buscar para continuar a costurar
coisas boas que essa caminhada pode me dar...

Mas enquanto isso, estou preso em algum nó
escrevendo esse poema.

Uriel Cordeiro