segunda-feira, 6 de abril de 2015

Tem coisas que não se vão,
ficam agarradas na gente,
essas coisas é o que somos,
o que preenche nossa mente

Tem dias que vejo a vida
como a costureira da esquina
vê seu trabalho; retalhos para todo lado,
linha e agulha na mão para dar forma

Essas coisas que ficam agarradas na gente
é o que somos,
pois não passamos de meros costureiros(as)
da vida, que junta e separa retalhos
do que vivemos
em busca de dar forma as lembranças que temos.

E eu, enquanto costurava a vida, me prendi
em algum nó dessa costura
perdi num palheiro a minha agulha.

Agora só vivo a busca de buscar,
buscar para continuar a costurar
coisas boas que essa caminhada pode me dar...

Mas enquanto isso, estou preso em algum nó
escrevendo esse poema.

Uriel Cordeiro

Um comentário: