quarta-feira, 8 de junho de 2016

Os dentes rangem a noite
os olhos acordam pesados
a manhã é fria
parece sair de mim todo esse gelo.

Os dias correm tão rápidos
feito o sangue em minhas veias

A cabeça só pensa, pensa, pensa.

Em meio a tantas pessoas
tantas e tantas coisas
E... Nada se conecta.
A não ser os celulares
nos wi-fis.

Meu peito esquerdo
às vezes tropeça
de verdade
a respiração falha
no ar cinza
A tela faz arder os olhos
a tela separa os olhares
a tela não te faz tê-la

Os dentes rangem a noite
isso me assusta...

Onde está meu amor?
Onde está? Não sei mais nem ser
metafórico, pra viver em algo poético...
Onde estão todas aquelas poesias que vivi...

Rangem os dentes...


Uriel Cordeiro


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