domingo, 4 de fevereiro de 2018

No interior onde me criei
venho nele me criando
como as florestas, feito as espécies
como a Vida, a teia tece.

No meu Interior, no cerne do Ser,
corre o rio da mi'Alma, conturbado.
Lá no meu interior aprendi:
ser como as águas, sempre em movimento
vezes suja, vezes translucida, ora alta
ora baixa... Mas sempre à caminho do seu próprio Ser.

Vem do Interior as águas que hoje choro
está lá dentro da gente a velha parte
que nos desafia a viver e ser tal como o Mar.

Ó saudades de minhas Terras
as árvores são tortas, tal como é o meu destino.
Vão entortando os galhos da minha Vida,
vem queimada, vem ferida
vou contorcendo, como as árvores do Cerrado
sem desistir, resistindo até a última casca.

No interior encontrei os caminhos
que levam ao Interior do Ser.
Ser o que é, o que sente e pensa.

Enquanto isso, vou como as águas,
como os galhos, sempre em frente
contorcendo, resistindo e vivendo.


Uriel Cordeiro


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