terça-feira, 26 de novembro de 2013

Vejo um poeta em cada um de nós,
os poetas todos, perdem, acham ou ainda não acharam sua poesia.
E como a lua, somos de fases.

Estive pedalando um dia e deixei no rastro do tempo meus versos em forma de ar.
Dentro de mim apenas sentia um breve vazio, esse vazio estava coberto por uma vibração,
uma cosquinha suave e boa.

Deixando então meus versos no ar
eu estava disposto a tudo, 
via somente com os olhos e com eles sentia as coisas como elas são e nada mais.

Sem poesia a florescer em minhas mãos,
via e vejo poesia brotando de cada canto 
cada sorriso
cada estresse 
cada inseto
cada onda...
Não ter poesia nas mãos é e foi tremendamente magnífico,
dei sentido aos meus sentidos, tive um maior contato com quem eu sou realmente,
em total processo de descoberta, ainda cavo fundo em meus dilemas, até encontrar em mim a poesia de ser.


Uriel Cordeiro

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