terça-feira, 13 de julho de 2021

Eu preciso desse delírio,
não desminta essa flor branca
que nasce nos brejos, são lírios

Preciso demais acreditar 
que são perfumadas e que durarão 
para sempre nas curvas úmidas da caminhada

Eu preciso dessas flores de lírios
do brejo do meu coração, que a noite
parecem mais brilhos do que apenas floração

(Dê)lírios de afetos, flores que morrem
mas, enfeitam eternamente o inconsciente 
e alimentam meu delírio de querer existir 

Flores que abrem à noite perfumadas
e logo cedo definham à luz do Sol,
murchas ou fecundadas.

Eu preciso desse delírio, de querer encontrar
em flores o antídoto desse grande martírio. 


Uriel Cordeiro


24/6/21

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