Eu preciso desse delírio,
não desminta essa flor branca
que nasce nos brejos, são lírios
Preciso demais acreditar
que são perfumadas e que durarão
para sempre nas curvas úmidas da caminhada
Eu preciso dessas flores de lírios
do brejo do meu coração, que a noite
parecem mais brilhos do que apenas floração
(Dê)lírios de afetos, flores que morrem
mas, enfeitam eternamente o inconsciente
e alimentam meu delírio de querer existir
Flores que abrem à noite perfumadas
e logo cedo definham à luz do Sol,
murchas ou fecundadas.
Eu preciso desse delírio, de querer encontrar
em flores o antídoto desse grande martírio.
Uriel Cordeiro
24/6/21
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