Procuro em mim o natural
aquele impulso primitivo, irracional
Procuro em mim o agora, o involuntário agora.
Procuro nascer de dentro de mim, como nascem
os chuchus, as sementes, os xaxins
as ervas e os capins.
Isso de deixar de ser e continuar sendo,
ainda vai nos levar além.
Como desmanchar-se sobre o próprio solo
e se nutrir dos próprios elementos
e a cada ciclo mais se elaboram as seivas, as ligninas
mais se elaboram os ventos.
Procuro em mim, coração-floresta,
o rio que carrega tudo que resta
para jogar-me ao fluxo fluvial
em direção ao Eu natural.
Uriel Cordeiro
4/6/21
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