terça-feira, 6 de julho de 2021

Procuro em mim o natural
aquele impulso primitivo, irracional
Procuro em mim o agora, o involuntário agora.

Procuro nascer de dentro de mim, como nascem 
os chuchus, as sementes, os xaxins
as ervas e os capins.

Isso de deixar de ser e continuar sendo,
ainda vai nos levar além.

Como desmanchar-se sobre o próprio solo
e se nutrir dos próprios elementos
e a cada ciclo mais se elaboram as seivas, as ligninas 
mais se elaboram os ventos.

Procuro em mim, coração-floresta,
o rio que carrega tudo que resta
para jogar-me ao fluxo fluvial 
em direção ao Eu natural.


Uriel Cordeiro


4/6/21

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